sexta-feira, 29 de junho de 2007

Tantas em uma...



Todas as cidades têm automóveis, pessoas, ruas e blá blá blá blá...

Há uma que é uma muralha e que dia após dia consolida-se entre espaços e mais espaços [na verdade, cada vez mais é menos espaço].

O dia nasce, o Sol radiante traz consigo vários estigmas que vão despredendo-se e poucos notam. Afinal, é complicado imaginar como uma cidade pulsa em meio a tanta gente que pode se ver todos os dias, mas não se notam.

Escadas que levam para baixo das praças e que não contêm tesouro nenhum e que também, não guardam nenhum segredo.

Os relógios que bandalam e poucos olham para cima, para contemplar o céu que cada vez mais parece estar vetado.

Pessoas e pessoas... Pessoas de todas as etnias, classes, gostos e afins. Uns se respeitam, outros preferem o não reconhecimento. Umas andam de bicicleta [raras, na verdade], outras de carro, outras de ônibus, outras de metrô e tantas outras a pé [na verdade, há muitas dessas em todos os cantos, nesta então nem se fala]. Outras que moram em baixo das diversas pontes que há e em uma delas, tantas pessoas exercitam-se na busca de manter a forma.

Shoppings que estão sempre com pessoas e outros que viraram até passagem de metrô.

O céu cinza a qualquer hora do dia, mostra-se presente mesmo quando não há tanta nitidez assim. E o cheiro de esgoto é quase sempre típico em alguns pontos. Contudo, em alguns outros pontos, nota-se árvores que espelham-se em águas límpidas.

É cheiro de verde [raro, mas há!], é cheiro de esgoto, é cheiro de gente, é passos e passos que compassam um embalo de uma sinfonia composta todos os dias.

Monumentos há para todos os lados, uns denominam tal lugar como o berço da cultura. E bem verdade, muitos movimentos explodiram por aquelas bandas.

Cheiro de sacola de supermercado, rapa e muamba por algumas calçadas.
Tribos para todos os lados que se respeitam e que impõe alguma coisa [e na verdade, podem impor tudo, exceto respeito próprio].
Risos e silêncio evidenciam que palavras não precisam ser ditas e que os olhares já falam por si só. Braços entrelaçam-se numa dança de carinho e que poucos compartilham disto. [Creio eu, que por falta de tempo].

Há flores brotando em diversos pontos, e que viram pontos imagináveis, vistos de cima, do auto de um picadeiro, do auto de um arranha-céu [dos muitos]. Aprisionamentos, mas também há Liberdade; há angústias, mas também há Consolação... Há tantas coisas e em tantos lugares, há corações pulsando e ânseios a serem conquistados.

No mais, há saudade que lateja aqui...

"São Paulo fede. São Paulo é cinza. São Paulo é quente. São Paulo chove. Mas, São Paulo, a capital, é fundamental. A cidade onde quem não tem bilhete único se trumbica, quem tem carro se estressa e quem tem bom senso trabalha perto de casa (ou em casa mesmo). São Paulo da cratera, São Paulo da boêmia, da cultura. Do metrô. Metrô, sim, é progresso. Não engarrafamento, como certa vez disse um outro. [...] E ai, vou de vez para São Paulo. Morar ao lado de uma estação de metrô, ou a uma distância curta do trampo dos meus sonhos."

Um comentário:

Jaque disse...

Hummmm
Saudades Lay?